Contabilidade
A avaliação de Ativos e passivos pelo valor justo (também conhecido como justo valor ou fair value, na expressão em inglês) talvez seja um dos assuntos mais discutidos atualmente na comunidade contábil mundial, especialmente com a expansão das normas ditas internacionais, processo que, no Brasil, se iniciou com a entrada em vigor do novo padrão contábil originado pelas recentes alterações na lei das S/A e por diversos pronunciamentos e resoluções do CPC e da CVM.
Para quem ainda não sabe, o fair value é o valor pelo qual um ativo pode ser trocado ou um Passivo pode ser liquidado entre partes independentes, interessadas e conhecedoras do mercado. Em outras palavras, consiste na substituição do custo histórico pelo valor de mercado como a base para a mensuração.
Considerando que muitos especialistas alertam para o fato de que as demonstrações contábeis baseadas em informações históricas tendem a perder gradualmente, com o passar do tempo, a Utilidade para os usuários interessados no valor econômico do patrimônio, o justo valor, a priori, aparece como um “salvador”, com o poder de atualizar os Ativos e passivos ao ser valor atual, tornando as informações produzidas pela Contabilidade muito mais relevantes e tempestivas, já que passam a se basear não mais em dados históricos, mas sim em valores presentes.
No entanto, como podemos determinar se o valor justo é, de fato, justo?
Para os ativos, por exemplo, enquanto a mensuração pelo custo histórico registra os itens patrimoniais pelo custo efetivo de sua aquisição/produção, o valor justo utiliza a marcação ao valor de mercado como base de sua avaliação. Especialmente para
Bens e direitos que não são transacionados freqüentemente, o cálculo desse quantitativo é feito com base em critérios essencialmente subjetivos, através de estimativas derivadas da aplicação de técnicas de avaliação por especialistas.
Assim, o correto