contabilidade
DA
ABORDAGEM
CONTINGENCIAL
NA
GESTÃO
EMPRESARIAL
Autoria: Adalberto Ramos Cassia
RESUMO: Este artigo tem o objetivo de apresentar os reflexos da Teoria Contingencial nas teorias, modelos e técnicas de administração que surgiram e ganharam projeção ao longo da segunda metade do século XX. Importantes pesquisas, realizadas nas décadas de 50 e 60, refinaram a orientação contingencial que, em anos posteriores, vieram alicerçar derivações teóricas, como “Administração Estratégica” e “Vantagem Competitiva”, entre outras. Nos dias atuais, a abordagem contingencial permeia modelos e técnicas gerenciais, apoiando o uso de amplas e sofisticadas estruturas tecnológicas voltadas à competitividade empresarial.
Neste artigo, busca-se identificar a influência do enfoque contingencial nas práticas e teorias administrativas, ressaltar a correção de seus pressupostos, a competência de seu posicionamento, a atualidade de seus estudos para o momento econômico vivido pelas empresas nacionais, mormente aquelas que passaram recentemente pela experiência da privatização. Se antes aquelas empresas estavam acobertadas pelo manto do Serviço Público, hoje, enfrentando a concorrência no mercado globalizado, precisam reorientar suas atenções e ações. A Teoria Contingencial tem muito a contribuir nesta reorientação.
1. Introdução
A moderna teoria administrativa encontra fortes alicerces nos estudos e pesquisas que serviram de base para o que hoje se denomina Teoria Contingencial.
Observa-se que, trabalhos como os de Woodward, Burns e Stalker (MOTTA, 1980), focalizaram a identificação de estruturas e comportamentos organizacionais, buscando explicar o desempenho empresarial a partir de um enfoque sistêmico e de natureza sociológica. Nas conclusões de muitos daqueles estudos e pesquisas, inseriam-se o ambiente e a tecnologia como vetores determinantes das características organizacionais, tanto em termos de estratégias, estruturas hierárquicas