Contabilidade
2010
INTRODUÇÃO
Até a Revolução Industrial (século XVIII) quase só existia a Contabilidade Financeira (ou Gerencial) que, desenvolvida na era mercantilista, estava bem estruturada para servir as empresas comerciais, já que os bens eram quase todos produzidos por pessoas ou grupos de pessoas que poucas vezes constituíam entidades jurídicas, permitindo às empresas viverem do comércio e não da fabricação. Sendo assim, para a apuração do Resultado de cada período, bem como para o balanço final, bastava o levantamento dos estoques em termos físicos, já que sua medida em valores monetários consistia em verificar o montante pago por item estocado e, dessa maneira, atribuir valor às mercadorias, chegando ao seguinte raciocínio:
Mas, com o advento das indústrias, o “valor de compras” na empresa comercial foi substituído por uma série de valores pagos pelos fatores de produção utilizados. Daí, no balanço final permaneciam como estoques no Ativo, apenas os valores sacrificados pela compra dos bens, enquanto os gastos relativos a juros e outros encargos financeiros, a honorários dos proprietários e administradores, a salários e comissões de vendedores, dentre outros, eram apropriados como despesas do período, independentemente da venda ou não de mercadorias, passando a empresa industrial a utilizar os critérios de avaliação de estoques. Neste contexto, os valores dos fatores de produção utilizados para sua obtenção, passaram a compor o custo do produto, ou seja, o valor do estoque dos produtos fabricados correspondia ao montante que seria o equivalente ao “valor de compras” na empresa comercial. Como as empresas foram crescendo e, em contrapartida, também foi aumentando a distância entre administradores, ativos e pessoas administradas, a Contabilidade de Custos passou de mera auxiliar na avaliação de estoques e lucros globais, para importante arma de controle e decisão gerenciais, sendo utilizada nas empresas não