Contabilidade
Denilson Marques
Professor Doutorando do Departamento de Ciências Administrativas da UFPE
Introdução
A literatura acadêmica especializada no estudo do desempenho mostra evidências de que elementos estruturais (ambiente da indústria, forças competitivas, etc.) e opções estratégicas (estratégias corporativas, competitivas e funcionais), exercem influência sobre o desempenho competitivo das empresas. Importantes autores destacam estas influências em seus estudos, como por exemplo: Porter
(1986, 1990), Hill e Jones (1998), D’Aveni (1995), dentre outros. Por outro lado, os autores pertencentes a abordagem da RBV, em complemento à abordagem da estrutura da indústria, focalizam como os processos internos das empresas (ou fatores organizacionais) se associam ao desempenho competitivo.
Dentre eles se destacam: Mahoney e Pandian (1992), Javidan (1998), Hamel e Prahalad (1995), Kay
(1996).
A junção destas duas abordagens possibilitará um novo subsídio e perspectiva de análise para a pesquisa e o entendimento do tema. Este aspecto se constitui em oportunidade para a ampliação do conhecimento sobre o tema. Para a mensuração do desempenho competitivo, as dimensões que são a base para as análises, são adaptadas do trabalho de Hill e Jones (1998), cuja discussão é originalmente centrada nas dimensões subjetivas da formação de vantagem competitiva e tem como variáveis: (i) qualidade; (ii) eficiência; (iii) inovação; e (iv) velocidade. A abordagem da estrutura da indústria tem em Porter (1986) seu principal autor. Nesta, são analisadas as associações das principais características dos posicionamentos competitivos da empresa, com os respectivos desempenhos competitivos, e tem como variáveis: (i) poder de barganha dos fornecedores; (ii) poder de barganha dos compradoress; (iii) rivalidade entre os concorrentes; (iv) potenciais entrantes; e (v) produtos substitutos. Na abordagem das capacidades, adota-se