Contabilidade
Quando os estados da Europa no final da Idade Média começaram a "descobrir" a África, encontraram aí reinos ou estados, quer de feição árabe ou islamizados, principalmente no norte e ocidente daquele continente, quer de tradição bantu. Os primeiros contatos entre estes povos não foram imediatamente de dominação, mas de carácter comercial. No entanto, os conflitos originados pela competição entre as várias potências europeias levaram à dominação política desses reinos, que culminou com a partilha do Continente Negro pelos estados europeus na Conferência de Berlim, em 1885.
No entanto, as duas grandes guerras que fustigaram a Europa durante a primeira metade do século XX deixaram aqueles países sem condições para manterem um domínio econômico e militar nas suas colónias. Estes problemas, associados a um movimento independentista que tomou uma forma mais organizada na Conferência de Bandung, levou as antigas potências coloniais a negociarem a independência das colónias.
Apesar de toda a união entre os povos africanos, firmada na Conferência dos Povos da África, realizada na cidade de Acra, capital de Gana, a independência de alguns países, como a Argélia e a República Democrática do Congo, somente foi alcançada após desgastantes conflitos que se estenderam por até anos de guerra.
Introdução
O presente trabalho tem o objetivo de apresentar a língua portuguesa nos países africanos de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe, onde ela é o idioma oficial. Através de notícias desses países, publicadas em língua portuguesa na Europa, nos Estados Unidos, na Ásia e na própria África, e ainda da poesia africana lusófona, é possível perceber em que níveis a língua portuguesa do Brasil e a dos países africanos se assemelham ou diferem. O trabalho inicia com uma noção a respeito do número de línguas faladas no mundo. Em um universo de aproximadamente dez mil línguas e dialetos,