Contabilidade intermediaria
Etapa2
Numa economia de livre iniciativa e de livre concorrência, o lucro é a parcela excedente das receitas, depois de subtraídos os custos. É o lucro que remunera o capital investido num empreendimento. Sem ele não existem empresas ou negócios.
Simples de entender, mas não tão simples de calcular ou decidir seu destino, para que o capital investido possa ser remunerado e os negócios sejam continuados.
Existem dezenas de conceitos diferentes de lucro, todos corretos e válidos, conforme a ótica observada e a finalidade desejada.
Vamos examinar comparativamente os principais conceitos e analisar como e quando devem ser utilizados.
O conceito mais conhecido e mais utilizado é o que define o lucro como sendo a diferença positiva entre as receitas obtidas com a venda de mercadorias e os custos necessários para obtê-las. Num exemplo simplificado, se uma mercadoria foi comprada por $100 e vendida por 120, obtivemos um lucro de $20. Esse é o conceito utilizado pela contabilidade formal das empresas. Então, se obtivemos um lucro de $20, esse lucro poderia ser distribuído como remuneração do capital investido, sobrando no “caixa” da empresa, os $100 originalmente aplicados. Esse conceito é conhecido como lucro calculado pelo custo histórico (ou custo médio de aquisição).
Como as atividades das empresas são contínuas, os $100 que sobraram no “caixa” da empresa após essa transação, serão utilizados para uma nova compra e posteriormente uma nova venda. Suponhamos que ao voltar ao nosso fornecedor para efetuar uma nova compra, a mercadoria que custava $100 esteja agora custando $105. Nesse caso, a empresa não teria dinheiro suficiente para efetuar um novo ciclo de operações, sendo necessário financiar essa diferença junto aos acionistas ou a um banco.
Para resolver esse problema, vamos utilizar um segundo conceito de lucro, que o define como sendo a diferença positiva entre a receita obtida com a venda de