Contabilidade bancaria
SEGUNDA-FEIRA, 21 DE SETEMBRO DE 2009
A actividade bancária: capital, depósitos e crédito
«A actividade bancária consiste essencialmente em facilitar o movimento do dinheiro do ponto A, onde ele está, para o ponto B, onde faz falta».
Lord Victor Rothschild, 1977
A criação dos princípios fundamentais da moderna actividade bancária e dos mercados de capitais no século XVII esteve na base de um aumento sem precedentes da prosperidade económica a nível mundial, essencialmente ao permitir uma utilização mais produtiva do capital disponível na sociedade.
Na prática, os Bancos e os mercados financeiros tornam possível que o capital excedentário de depositantes, accionistas e obrigacionistas seja canalizado para o desenvolvimento de actividades económicas onde esse capital é necessário (como a agricultura, a indústria e o comércio), bem como para a aquisição de bens e serviços por parte das famílias. Os primeiros recebem uma remuneração pela cedência do seu capital (que deverá ser proporcional ao risco que assumem), enquanto as empresas esperam obter lucros com a utilização do capital e as famílias esperam melhorar o seu nível de vida, antecipando aquisições futuras.
De tempos a tempos, os Bancos e o sistema financeiro registam falhas no seu funcionamento, que resultam essencialmente de excessos na concessão de crédito e dos critérios definidos para a gestão dos riscos. As maiores crises económicas (de que é exemplo a actual) estão geralmente associadas a crises bancárias.
Felizmente, muito tem sido feito nas últimas décadas para atenuar o impacto destas crises, através da criação de mecanismos de supervisão bancária, de rácios mínimos de solvabilidade que os Bancos estão obrigados a respeitar e de fundos de garantia dos depósitos, permitindo que os riscos da actividade bancária sejam suportados essencialmente pelos detentores do seu capital e só em condições muito extremas pelos depositantes.
A origem da Banca