contabilidade ambiental
Unidade II
2. Contabilidade ambiental
2.1 Conceito e aplicação
O assunto “meio ambiente e impacto ambiental” começa a ser tema de conversa entre os empresários, quer devido às regras que a legislação impõe, quer devido às pressões que estes sofrem por parte de grupos e associações ambientalistas.
Obras públicas arriscam‑se a ser embargadas por falta de estudo de impacto ambiental.
Chegou‑se à conclusão que os recursos são por norma esgotáveis e que teremos de ponderar a herança que deixamos às gerações vindouras. Nesta linha de pensamento, as empresas e, em especial, as indústrias terão de racionalizar os recursos naturais ainda existentes e, para isso, terão de investir em novas tecnologias mais limpas e que produzam bens mais amigos do ambiente.
Como é obvio, isso acarreta custos, mas também poderá trazer proveitos num futuro mais ou menos próximo. Esses custos e proveitos são comumente designados como ambientais. E como enquadrá‑los no sistema contabilístico já existente ou criar um novo lugar para eles?
Por outro lado, existem riscos inerentes à própria atividade da empresa e que estão relacionados com o ambiente e podem levar até seu encerramento e obrigações que têm origem na degradação causada ao ambiente pela atividade da empresa e que podem dar lugar a passivos ambientais, ou mesmo, à precaução com algum rigor dessas mesmas obrigações por meio de provisões ambientais. Os ativos podem sofrer desvalorização devido ao aparecimento de nova tecnologia mais amiga do ambiente e dar lugar a perdas de imparidade.
Para Fábio Besta, “a contabilidade é a ciência que estuda e enuncia as leis do controle econômico das empresas de qualquer espécie”. Segundo Lopes Amorim, “contabilidade é a disciplina que tem por objeto o conhecimento do patrimônio de qualquer empresa no seu tríplice aspecto quantitativo, qualitativo e valorativo, em qualquer momento da sua existência, e, por fim, a análise da situação econômica e financeira da