Contabilidade ambiental

1 INTRODUÇÃO
A questão ambiental no Brasil surgiu com maior ênfase há três décadas com a preocupação dos efeitos globais dos grandes desmatamentos, da construção de represas gigantescas, do emprego da energia nuclear ou mesmo da excessiva queima de combustíveis, motivando a opinião pública e os governos e ainda, mais particularmente, em 1972, após a reunião de Estocolmo, patrocinada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura – UNESCO. Com teor semelhante foi realizada em 1992, reunião no Rio de Janeiro.
As provas da degradação ambiental são visíveis, ameaçadoras e crescentes. O efeito estufa, causado do aumento da temperatura no planeta e, conseqüentemente, a elevação do nível dos oceanos; as chuvas ácidas, destruindo lagos e solos; o buraco na camada de ozônio, considerado o causador da elevação da incidência de radiações ultravioletas, pondo em risco a própria existência de vida na terra.
Em tempos de globalização e estudo da economia brasileira verifica-se a crescente preocupação com a responsabilidade social nas empresas. Em virtude dessa mudança de foco, que a partir da década de 90 passou a interagir mais com o ambiente externo, necessitou-se mudar a maneira de pensar e agir para atender as necessidades de seus clientes e fornecedores. O que antes era um produto ou serviço exclusivo passou a ser apenas mais um produto ou serviço, com diversos substitutos ou, no caso dos serviços, profissionais cada vez mais qualificados. E, para mudar esse cenário, as empresas passaram a preocupar-se em agregar maior valor ao produto ou serviço para poder, novamente, ter o consumidor comprando. Esta-se vivendo em um mercado que, a cada dia que passa, torna-se mais difícil manter a fidelidade do cliente. Diante desse fato, as empresas têm voltado sua visão para problemas que vão além das considerações meramente econômicas, atingindo um aspecto muito mais amplo, envolvendo preocupações de caráter político-social, tais como proteção ao consumidor,