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Pesquisador do Cepea Lucílio Alvez foi entrevistado no programa Mercado e Companhia
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Quase metade do custo de produção de óleos vegetais, como o de soja, corresponde a impostos. Considerando uma fase a mais desse processo produtivo, a confecção do biodiesel, essa parcela chega a 55% do custo total.
Este é um exemplo do forte impacto da carga tributária sobre a produção agrícola brasileira, dado pelo pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada Lucílio Alvez. Ele concedeu a terceira de uma série de entrevistas do programa Mercado e Companhia para avaliar o sistema de impostos do Brasil e a Reforma Tributária.
O que queremos dizer com isso? Se não tivesse imposto nenhum sobre a produção ou industrialização, o produto estaria custando 45% do menor que hoje já temos – ressaltou.
O Cepea fez um estudo sobre como os impostos incidem sobre cada fase da produção. No caso da produção agrícola, foram considerados fatores como defensivos, fertilizantes, mão-de-obra, máquinas e equipamentos.
- Qual é a parcela desses itens que recai sobre o meu custo de produção e quanto de impostos está inserido em cada um desses itens. Estamos somando para a unidade de produção agrícola e para as unidades de armazenamento e processamento – explicou Lucílio Alvez.
Segundo o pesquisador do Cepea, considerando só o trabalho na unidade agrícola, ignorando a parte industrial da cadeia produtiva, os impostos correspondem a até 23% dos custos.
- A partir daí, temos os custos e industrialização e, principalmente, na comercialização dos produtos, no caso das oleaginosas, vamos chegar com uma tributação em torno de 45% a 48% agregados. Se considerarmos carnes, vamos ter no final da comercialização, algo entre 38% e 40% de tributos – acrescentou.
No caso de máquinas novas, explicou Alvez, até o produto ser colocado à venda nas