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Criar condições para o gerenciamento da informação em uma organização exige um trabalho planejado e criterioso. Em uma organização com uma forte cultura consolidada e adaptada a práticas de enfoque não-informacional, gerir conhecimentos costuma ser uma atividade informal e desestruturada, com pouco benefício para a organização. Um dos principais motivos para essa cultura avessa à gestão do conhecimento é a formação profissional de seus executivos que, por sua vez, deriva de uma prática acadêmica tradicional, focada em processos e procedimentos.
1 ECOLOGIA DA INFORMAÇÃO
O famoso ecologista Garrett Hardin observou que, caso você queira administrar um ecossistema inteiro, "nunca pode fazer apenas uma coisa". Até agora, a maioria das empresas tem feito pouco mais que isso em relação ao gerenciamento de informações: vem empreendendo duas 'coisas'. Aplicam tecnologia aos problemas informacionais, e procuram usar os métodos de máquina/engenharia para transformar dados em algo útil. Infelizmente, nenhuma dessas abordagens constitui uma abordagem holística da informação. A ecologia da informação inclui uma gama muito mais rica de ferramentas do que aquela empregada pelos engenheiros e arquitetos informacionais. Os ecologistas da informação podem mobilizar não apenas designs arquiteturais e TI, mas também estratégia, política e comportamento ligados à informação, além de suporte a equipes e processos de trabalho para produzir ambientes informacionais melhores.
Quando os administradores praticam o gerenciamento ecológico, consideram diversas vias para chegar aos objetivos propostos. Baseiam-se em disciplinas como biologia, sociologia, psicologia, economia, ciência política e estratégia de negócios — não apenas engenharia e arquitetura — para montar sua abordagem do uso da informação. Além disso, enxergam além do ambiente informacional imediato de uma empresa e vêem o ambiente organizacional como um todo — quantos prédios, escritórios e espaços físicos