Consumismo ou compras aceleradas ?

O consumismo, sem sombra de dúvidas, é uma característica presente na quase totalidade da população brasileira. Diferentemente da idade média, onde toda a produção estava diretamente associada ao feudo e a riqueza se concentrava apenas na posse de terras. Em pleno século XXI a fonte de renda em ascensão passou do comercio para o consumismo. Para diferenciar o simples ato de comprar e vender mercadorias do tão conhecido consumismo, basta analisar que comercializar, etimologicamente falando é o ato de vender e comprar produtos, entretanto se essa compra e venda ultrapassa a barreira da necessidade e caindo em águas frívolas – comprar por comprar – o indivíduo passa a ser considerado consumista. Fato esse que preocupa os governantes e especialmente os bancários, uma vez que o vício de comprar e comprar acarreta uma série de dívidas, o intenso acúmulo delas gera um caos no sistema financeiro, além de romper os padrões éticos do cidadão que deveriam ser inerentes a todos os cidadãos. Além disso, o ato de comprar desesperadamente afeta áreas que ultrapassam a esfera financeira. Com a compra de vários produtos supérfluos, estes são largados rapidamente e vão parar na lata de lixo ou no meio das ruas, no segundo caso tem-se o entupimento de bueiros que causa alagamentos em cidades, já na segunda ocorrência, o crescimento dos lixões culmina na intensa emissão de gás metano na atmosfera, elevando assim a temperatura terrestre. Medidas como a redução do limite do cartão de crédito ou a substituição do ultimo pelo uso do dinheiro (em espécie), pode reduzir o intenso crescimento do prejuízo financeiro dos vários cidadãos deste país. Em outras palavras, é evidente que atitudes deverão ser tomadas o quanto antes. Mas acima de tudo, as pessoas só mudam certos hábitos quando elas próprias desejam. A vontade da mudança tem que ser autônoma ao invés de heterônoma. Com isso cabe aos prejudicados e a todos que desejam a mudança da mentalidade consumista