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EPILEPSIA é uma palavra de origem grega, derivada de epilambaneim, foi utilizada pela primeira vez por Avicena (1.000 d.C.), e significa ser atacado, ser agarrado. As primeiras referências à epilepsia datam do 5º milênio AC, na Mesopotâmia, onde era descrita como antasabu, a doença que faz cair. A primeira conceituação moderna da epilepsia é de Jackson que, em 1873, a definiu como o resultado de uma ocasional, súbita, excessiva, rápida e localizada descarga na substância cinzenta.
CONVULSÃO é uma crise que pressupõe atividade muscular que pode ser tônica, clônica ou tônico-clônica. Quando as crises não apresentam manifestações motoras, não são chamadas crises convulsivas, podendo ser neurovegetativas, sensitivas ou sensoriais, dependendo da porção do cérebro onde ocorre a disfunção. Em 1987, Freeman e colaboradores identificaram a crise convulsiva como uma súbita descarga elétrica dos neurônios do sistema nervoso central, capaz de alterar comportamento ou função, e definiram epilepsia como duas ou mais crises não-provocadas. As crises epilépticas iniciam e cessam abruptamente, costumam ter curta duração (de segundos a minutos) e na maior parte dos casos não passa de 5 minutos. Muitas vezes, ao cessar a crise, ocorre um período em que são observadas confusão mental ou sonolência, que pode durar minutos ou horas.
Para o grupo de estudos em epilepsia da Liga Internacional contra as Epilepsias (ILAE, 1997), a epilepsia resulta de crises recorrentes e não-provocadas,significando que a presença de fatores precipitantes como hipertermia ou distúrbios metabólicos excluem este conceito. Uma única crise não significa epilepsia.
EPIDEMIOLOGIA
Embora crises epilépticas possam ocorrer em qualquer idade, elas constituem uma situação patológica do jovem: até os 20 anos de idade, 90% dos indivíduos que serão epilépticos já iniciaram suas crises; dentre as crianças, 60% tiveram sua primeira crise até os 3 anos de idade, ocorrendo a maior parte no