consultoria
A adenomiose é caracterizada pela presença de glândulas e estroma endometrial dentro do miométrio. A primeira descrição de um caso foi realizada em 1860, por Rokitansky.
A freqüência da adenomiose na literatura varia de 5 a 70%, e esta ampla variação se deve aos diferentes critérios diagnósticos histopatológicos observados. Além disso, como o diagnóstico é realizado somente por avaliação histopatológica do útero, somente aqueles removidos cirurgicamente, provenientes de pacientes sintomáticas, são examinados e incluídos na análise estatística.
A incidência varia com a faixa etária, sendo mais freqüente em pacientes entre a quarta e a sexta décadas de vida, como também em pacientes multíparas.
Etiopatologia
Não se sabe ao certo a maneira como ocorre essa penetração; entretanto, as teorias da proliferação de restos embrionários dos ductos paramesonéfricos e da herniação endometrial por hiperatividade uterina, ou lesão da camada basal do endométrio (por trauma cirúrgico ou por gravidez), parecem ser as mais aceitas atualmente. A etiologia é pouco conhecida, sendo mais aceita a teoria da lesão da lâmina basal do endométrio, com invaginação do endométrio.
Existem duas formas de adenomiose, a difusa e a focal, que freqüentemente estão associadas. Na focal, aparecem "tumores" circunscritos com hipertrofia da musculatura lisa ao redor do foco. O aparecimento de hiperplasia no epitélio desses focos é infreqüente.
A adenomiose pode ou não responder a estímulo hormonal, mas parece haver um efeito inicial, estrogênio-dependente, que seria responsável pelo desencadeamento da patologia.
Quadro Clínico
Aproximadamente 35% das mulheres portadoras de adenomiose são assintomáticas, sendo a adenomiose um mero achado casual ao exame histopatológico do útero removido por outra causa. O principal sintoma observado em mulheres com adenomiose como única patologia é a menometrorragia (50 a 60%). O sangramento pode ser suficiente para causar anemia