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Sociologia das Emoções: Uma História Crítica do Poder Emocional Sobre o Trabalho e o Consumo
Guilherme Correa Torres de Melo

Os dispositivos de controle emocional contemporâneos que deram origem ao homem econômico social

O Homem econômico social foi originado por três dispositivos de controle emocional, sendo eles: a cultura organizacional; o marketing de experiência; e o capital emocional.
A cultura organizacional surgiu como dispositivo de controle emocional com o advento da contra-cultura. Contrapondo a forma clássica, a contra-cultura adentrou o mercado de trabalho exigindo das empresas uma reinvenção das formas de gestão, buscando fazer com o que o funcionários se sinta envolvido emocionalmente com a empresa, trabalhando com vontade de melhorar, não apenas para ganhar dinheiro e consumir.
Para garantir que seus funcionários estejam de fato engajados, com um objetivo comum, é necessário “manter os olhos de todos fixos no mesmo objetivo” como dito por C. A. Rey, ou seja, é importante que seja criado um significado, uma crença comum ao corpo de funcionários. Ainda nas palavras de Rey, significado é algo de suma importância para o indivíduo, capaz de propiciar esforços e sacrifícios diferenciados quando percebido pelo trabalhador.
Cada vez mais os indivíduos buscam o sentimento de pertencimento em novos meios, uma vez que os tradicionais, como a religião, estão perdendo o espaço que tinham. Assim, quando as empresas oferecem essa sensação, os trabalhadores mergulham nesse universo sem se dar conta de que essa é uma forma de controles consciente por parte das empresas a fim de gerir as emoções de seus funcionários, otimizando assim seus resultados.
Ainda na linha da contra-cultura que nega o acúmulo de capital como forma de felicidade, defendendo o valor das experiências e sensações, surge o marketing de experiências. Como dito por Levy, a sociedade cada vez mais valoriza o significado da marca e seu produto, a sua relação com estes, ao invés de buscar