Consulta de Enfermagem ao Idoso com Síndromes Geriátricas
Introdução
O envelhecimento da população no Brasil e no mundo é hoje um fenômeno global e uma notícia presente, variando nas características que assume e se consolida. O envelhecimento traz consigo marcada transição epidemiológica, com conhecida prevalência das taxas de mortalidade por doenças cardiovasculares (BRASIL, 2006f). Na atualidade estima-se que o contingente de idosos seja superior nos países desenvolvidos, porém os países em desenvolvimento têm um processo de envelhecimento populacional mais acelerado do que o Velho Mundo europeu (KALACHE, 1987).
A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) define envelhecimento como “um processo sequencial, individual, acumulativo, irreversível, universal, não patológico, de deterioração de um organismo maduro, próprio a todos os membros de uma espécie, de maneira que o tempo o torne menos capaz de fazer frente ao estresse do meio ambiente e, portanto, aumente sua possibilidade de morte”.
O maior desafio na atenção às pessoas idosas é conseguir contribuir para que, apesar das progressivas limitações que possam ocorrer, elas possam redescobrir possibilidades de viver sua própria vida com a máxima autonomia e qualidade possíveis. Essa possibilidade aumenta na medida em que a sociedade considera o contexto familiar e social e consegue reconhecer as potencialidades e o valor das pessoas idosas. Na construção de um modelo assistencial para o idoso, é essencial considerar a heterogeneidade dessa população. Estudos demonstram que, do ponto de vista funcional e cognitivo, 80% dos idosos são saudáveis, precisando de acompanhamento médico e preventivos que os mantenham autônomos e independentes. Todavia, 10 a 25% dos idosos são portadores de condições clínicas que os identificam como frágeis, necessitando de cuidados intensivos e de custos elevados (LOURENÇO, 2005).
Dentre as questões que cercam o envelhecimento, a saúde aparece como elemento