Construções sustentáveis
O final do século XX presenciou o crescimento da consciência da sociedade em relação à degradação do meio ambiente decorrente do processo de desenvolvimento. O aprofundamento da crise ambiental, juntamente com a reflexão sistemática sobre a influência da sociedade neste processo, conduziu a um novo conceito - o de desenvolvimento sustentável. Este conceito alcançou um destaque inusitado a partir da década de 1990, tornando-se um dos termos mais utilizados para se definir um novo modelo de desenvolvimento.
Devido a uma então maior (porém não suficiente) consciência da questão ambiental, o governo e entidades passam a cobrar mais das empresas. E isso faz com que elas tenham que funcionar causando o menor prejuízo possível ao meio-ambiente – obrigando as empresas a desenvolver a noção de administração ambiental e gerenciamento ecológico (que possui a visão sistêmica como princípio).
A construção civil não ficou de fora das mudanças: este é o setor que mais consome matérias-primas e recursos naturais no planeta e é o terceiro maior responsável pela emissão de gases do efeito estufa à atmosfera (IDHEA, 2009, p.3). Então a construção civil tem papel super importante no impacto gerado pela ação humana, daí a necessidade de se desenvolver um foco mais ecologicamente correto.
Há algum tempo, iniciativas individuais (para depois as construtoras agirem) deram início à construção de empreendimentos ecologicamente corretos. E, no Brasil, a então chamada construção sustentável agora está “saindo do papel” graças, também, aos preços dos imóveis “verdes”, que, dizem os especialistas, ao longo do tempo, compensam o investimento inicial, que chega a ser, em alguns casos, de até 50% a mais do que uma construção tradicional.
As construções sustentáveis estão ganhando espaço em nível nacional, e a principal razão é o interesse dos empresários em uma despesa menor, com luz e água, por exemplo, que esse tipo de construção apresenta para o consumidor final