Construções em Bambu

Construções em Bambu O uso do bambu na construção civil é muito comum em países asiáticos e americanos como China, Colômbia e Equador, onde suas técnicas são bem desenvolvidas à medida que constroem pontes e edifícios de pequeno porte. Somente depois foi descoberta como uma técnica de construção sustentável. Suas vantagens em relação à madeira surpreendem, sua resistência é comparável à madeira ou até mesmo ao aço, além do mais, é um recurso renovável e versátil. Ao construir em bambu, tem-se cerca de 30% de economia em relação à construção convencional. Em alguns casos é necessário associá-lo a outros materiais, como madeira e terra, mas isto depende da disponibilidade da região para tal material e qual método utilizado. "Acreditamos que o bambu é uma opção mais sustentável às madeiras de reflorestamento, auto-renovável e de rápido crescimento. O eucalipto, por exemplo, leva seis anos para ser cortado e o bambu só três anos. Além disso, não é necessário ser replantado", afirma Celina Llerena, arquiteta e diretora da Ebiobambu. Espécies Arbóreas levam até 60 anos para atingir 18 metros, já o bambu, que é uma gramínea, necessita de apenas 60 dias para obter tal altura. O bambu apresenta baixa resistência contra insetos, que são atraídos por causa do amido, causando carunchos, o que pode ser facilmente resolvido, logo após a colheita, as toras são mergulhadas em uma solução de CCB (Cromo, Cobre e Boro) por quatro a cinco dias. Após o tratamento são deixados a sombra para secar por um período de 30 dias. No Brasil, seu uso ainda é muito restrito, mesmo tento reservas naturais do material e condições de plantio, atua normalmente em cercas e artesanatos. É tachado como madeira dos pobres para os brasileiros, já para os chineses é o ouro verde, os asiáticos usam o material há milênios e para fazer de um tudo, desde hashis (talheres da região) às estruturas das construções. De 1.300 espécies do tipo de gramínea existentes no mundo, 400 se encontram no Brasil.