Construção
A indústria da construção civil, por sua própria natureza, requer de seus colaboradores a realização de tarefas árduas. Estas, associando-se a fatores como o pequeno índice de treinamento que estes trabalhadores recebem, o baixo nível de escolaridade, o sistema terceirizado de empregabilidade que muitas vezes é utilizado, as baixas remunerações pelos serviços prestados e as ferramentas pouco programadas para a realização das tarefas, tornam a ergonomia extremamente necessária para a minimização dos riscos laborais, e manutenção da integridade física e mental destes trabalhadores.
Segundo Dul (2004) a ergonomia é uma ciência aplicada ao projeto de máquinas, equipamentos, sistemas e tarefas, com o objetivo de melhorar a segurança, saúde, conforto e eficiência no trabalho. Para que este conceito possa ser amplamente utilizado, torna-se imprescindível a realização da análise da tarefa, de como ela está sendo realizada pelos obreiros e sobre quais circunstâncias de trabalho.
Conforme Ribeiro (2004) um dos problemas que ocorre entre trabalhadores da construção civil é o fato dos mesmos subestimarem os riscos existentes no ambiente de trabalho, fato esse que ocasiona uma necessidade de treinamento e conscientização quanto aos riscos existentes em cada situação de trabalho bem como a forma correta de prevenção de acidentes do trabalho. Quando um trabalho é realizado de maneira inadequada, pouco programada, sabe-se que este afeta diretamente a saúde do trabalhador, através de diversas patologias músculo esqueléticas. Couto (2006) relata que não existem lesões se não houver fatores da condição antiergonômica do posto de trabalho e da atividade. Através desta colocação, o autor demonstra as características lesivas que um trabalho pouco adaptado ao homem tem sobre este.
Lida (1990) expôs que uma das maiores dificuldades em analisar e corrigir más posturas no trabalho está na identificação e registro das mesmas, concluindo ainda que, a