construção do PPP
A construção do Projeto Político Pedagógico pode constituir-se num dos mais importantes instrumentos da gestão democrática na/da escola. É nesse sentido que Gadotti (2000) afirma que o PPP estabelece uma ruptura com aquilo que já está instituído, tornando-se, assim, instituinte de uma nova direção para as ações político-educativas da escola. Ele apresenta algumas condições “facilitadoras” para que o PPP seja bem sucedido:
Comunicação eficiente: um projeto deve ser factível e seu enunciado claramente compreendido;
Adesão voluntária e consciente ao projeto: importância da participação e co-responsabilização de todos;
Suporte institucional e financeiro: vontade política, pleno conhecimento de todos - em especial dos dirigentes - e recursos financeiros definidos;
Controle, acompanhamento e avaliação do projeto: todos precisam estar envolvidos e a co-responsabilização é um fator decisivo;
Atmosfera e ambiente agradáveis: se expressa na circulação de informações, na divisão de tarefas, na adesão da comunidade escolar ao projeto;
Credibilidade;
Um bom referencial teórico: necessário à definição dos conceitos, da orientação política do projeto.
A mobilização é um processo de caráter educativo, na medida em que promove a participação de todos e a discussão dos problemas ou das situações que estão em sua origem, possibilitando também o que Paulo Freire denominou de conscientização.
Da perspectiva da gestão democrática da escola, mobilizar a comunidade escolar implica desenvolver um processo de amplo envolvimento e engajamento da comunidade com o PPP. Isso nos leva a considerar a multiplicidade de singularidades, as diferentes perspectivas, interesses, valores, expectativas reunidas em torno de um propósito comum. Nesse sentido, o caráter pedagógico da mobilização também se expressa, pois, para ser efetiva, a