Construção de personagens
“Sua visão clareará apenas quando você conseguir olhar para seu próprio coração. Aquele que vê o lado de fora, sonha; aquele que vê o lado de dentro, desperta.” Carl Gustav Jung
A psicologia teve seu grande auge no fim do século XIX e início do século XX, quando nomes como Sigmund Freud e Carl Jung eram conhecidos por todos, e suas figuras eram vistas quase como celebridades, considerados gênios revolucionários. Hoje, esta ciência não tem tanta visibilidade, apesar de parecer justamente o momento certo para levá-la em consideração.
É do conhecimento de todos que o mercado literário vem crescendo muito no Brasil nos últimos anos, principalmente relacionado a fantasia e ficção. O que não se sabe é que é exatamente esse lado da literatura que mais envolve a psicologia, o que deixa tudo mais interessante.
Todo mundo já leu pela internet comparações da mitologia de Tolkien ou de C.S. Lewis aos escritos da bíblia, à mitologia alemã e até africana, e isso não se dá apenas pelo fato de que estas antigas histórias serviram de inspiração para os dois autores. Isso tem uma explicação psicológica, e podemos comparar vários elementos presentes em todas assim como podemos comparar personagens muito conhecidos no mundo do cinema e da literatura. Super-Homem, Luke Skywalker e Neo têm muito em comum, por exemplo. Isso se dá pelo fato de que os três são representações do mesmo arquétipo.
O que são Arquétipos?
E senta que lá vem história. Lá na época em que Freud publicou A Interpretação dos Sonhos, um jovem psiquiatra chamado Carl Gustav Jung se interessou tanto pela obra, que escreveu uma carta contendo relatos de alguns de seus estudos e pesquisas para o grande autor, estabelecendo-se aí uma forte ligação entre eles. Quando os dois finalmente se encontraram, após alguns anos apenas trocando cartas, conversaram, segundo Jung, por 13 horas seguidas, só sobre psicologia, tamanha a