Construção de Brasília
Em termos estratégicos e econômicos, o governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961) foi marcado pela elaboração e aplicação do Plano de Metas, que estava dividido em seis grandes objetivos: energia, transportes, alimentação, indústria de base, educação e, é claro, a construção de Brasília, o que foi chamado de meta-síntese. Apesar da descrença generalizada de que a nova capital fosse realmente construída, Juscelino conseguiu aprovar no Congresso, em 19 de setembro de 1956, a Lei n.º 2.874, que daria seguimento ao processo de construção e criaria a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), responsável pela execução do projeto. Entre os objetivos básicos para a mudança da capital, destacavam-se: obedecer à Constituição de 1891, reafirmada pela de 1946; integrar o interior do país; gerar empregos; ocupar parte da mão-de-obra nordestina; e promover o desenvolvimento do interior do país, contribuindo para desafogar a Região Centro-Sul. A construção de Brasília expressava o desejo, por parte tanto dos arquitetos e engenheiros quanto dos políticos, de modernidade, de igualdade defendida pelo Estado; enfim, de mudança histórica, pois o Brasil, pela primeira vez, olhava para seu interior e não para o Oceano Atlântico e a Europa. Nessa fase de construção da cidade, alguns nomes se destacaram, como os mostrados a seguir (clique neles para conhecê-los melhor):
Israel Pinheiro
Lúcio Costa
Oscar Niemeyer
Bernardo Saião
O projeto aprovado, de autoria de Lúcio Costa, dividiu a opinião dos arquitetos. Para uns, não passava de um esboço, um rabisco, e sua inscrição não deveria ter sido sequer aceita. Para outros, era simplesmente brilhante, genial. O representante do Instituto de Arquitetos do Brasil, por exemplo, abandonou o júri por divergir do resultado, já que a proposta de Lúcio Costa era apenas um rascunho. Os concorrentes derrotados não se conformaram e criaram uma polêmica que repercutiu na imprensa da época