Construção coletiva do conceito de sustentabilidade
09 a 10 de novembro de 2011, Toledo – PR
Construção Colaborativa do Conceito de “Sustentabilidade”
Fábio Freire1; Bruna Felicio2; Geisa Aparecida da Silva Gontijo3
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Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP; Universidade Federal de São Carlos – UFSCar. Universidade Federal de
São Carlos – UFSCar.
fabiofreire@creapr.org.br
INTRODUÇÃO
A análise realizada, sobre o conceito de “sustentabilidade”, não recai sobre relatos históricos, que vão desde a publicação do livro “Primavera Silenciosa” na década de 60 (CARSON, 1962), passando pela formulação do conceito de ecodesenvolvimento em meados dos anos 80 (SACHS, 1986) e que anos depois, daria origem à expressão “desenvolvimento sustentável” apresentado no Relatório Brundtland “Nosso Futuro Comum” (WORLD
COMMISSION ON ENVIRONMENT AND DEVELOPMENT, 1987), mas colocar em pauta algumas questões relevantes desse debate, aquelas mais diretamente relacionados aos propósitos deste trabalho.
Ao longo das últimas décadas, o debate sobre a sustentabilidade tem gerado um paradoxo de abordagens, que vão desde a sua conceituação até a delimitação da real aplicação. Como um objeto de discussão recente, apesar dos esforços de conceituação durante as últimas décadas, pode-se afirmar que o conceito de sustentabilidade ainda não se consolidou sobre um referencial teórico mais preciso (RATTNER, 2001), não existindo, portanto, um significado singular que o revele. A dificuldade de precisão do conceito pode ser atribuída à complexidade de componentes envolvidos (SILVA; TEIXEIRA, 1999) e a noção de estar voltado às práticas desejáveis da realidade, em oposição ao meio científico, que propõe a construção de conceitos para interpretar a realidade (ACSELRAD, 1999).
Contudo, apesar de todas as controvérsias com relação à precisão do conceito, a expressão “sustentabilidade” pode ser apresentada como “a persistência, por um longo período, de certas características