Construção civil
A Téchne cita, por exemplo, a evasão de engenheiros para o mercado financeiro entre as décadas de 1980 e 2000. “Tal fenômeno criou uma lacuna de profissionais atuantes que, após a retomada dos negócios, começou a ser fortemente notada. Onde estão, afinal, os engenheiros civis, com boa experiência profissional, que possuem entre 30 e 45 anos de idade? Poucos são vistos nos canteiros de obras”, questiona a revista, que se atém, sobretudo, à qualidade da mão de obra que hoje atua nas construções pelo país afora. Segundo o artigo, essa falta de qualificação tem gerado “aparecimento precoce de patologias, crescimento do número de acidentes de trabalho, atraso no cronograma das obras e queda da qualidade do produto final”.
Especialistas e profissionais ligados às entidades de classe da construção civil concordam com o alerta dado pela revista. No entanto, se mostram confiantes de que o Brasil conseguirá superar esses gargalos, principalmente porque já há empenho dos organismos do setor para que isso ocorra. “Os gargalos viraram desafios. Para superá-los, as construtoras precisam investir em tecnologia e formação de profissionais para aumentar o número de unidades e obras realizadas com o mesmo custo. Se não tivermos um salto importante na produtividade, vai ser difícil mantermos os mesmos patamares de crescimento