construçao civil
Até meados do último século as questões relativas ao desenvolvimento industrial sobrepunham-se àquelas correlatas ao meio ambiente sem que fosse dada a devida importância aos reflexos da interação entre o homem, suas atividades e o meio no qual estão inseridos sendo os assuntos decorrentes da interação entre o homem e seu habitat apenas objeto de estudo de pesquisadores que divulgavam suas observações sem nenhum respaldo por parte das empresas e do governo (FERREIRA; NOSCHANG; FERREIRA, 2009).
Atualmente, quando avaliadas as exigências sociais e legais propostas ao setor da construção civil, as atividades correlatas ao beneficiamento e posterior utilização dos resíduos de construção civil (RCC) têm sido vistas como um dos meios para o fechamento de seu ciclo produtivo. Esta atividade tem-se apresentado viável quando demonstrados os benefícios ambientais oriundos da incorporação destes rejeitos em novos produtos ou pelo seu emprego direto como material substituto aos agregados naturais.
A utilização destes materiais reciclados traz ainda como vantagens a redução de custos com deposições irregulares e como consequência minimiza o abandono de rejeitos perto das zonas urbanas. Em seu trabalho, Inyang (2003) expõe que o desenvolvimento de infraestrutura física para operações civis e industriais oferece oportunidades significativas para o emprego de material reciclado em grandes quantidades.
Ainda como justificativa para a reutilização dos RCC, é exposto por John (2003)1, apud Peixoto et al., (2009) que a indústria da construção seja responsável pelo uso de 15 a 50% do montante de todo o recurso natural consumido pela sociedade. Peixoto et al. (2009) relatam ainda que o consumo de agregados naturais no Brasil varia entre 1 a 8 toneladas/per capita x ano e que o uso deste insumo para a produção de concreto atinge índices de 220 milhões de toneladas por ano.
Sendo assim, como forma de minimizar o emprego indiscriminado de materiais virgens, a