Construtivismo
O livro Educação de corpo inteiro (1989) de autoria do Professor João Batista Freire teve papel determinante na divulgação das idéias construtivistas da Educação Física, embora o autor tenha também recebido outras influências, como da psicomotricidade, por exemplo.
A proposta denominada interacionista-construtivista é apresentada como uma opção metodológica, em oposição às linhas anteriores da Educação Física na escola, especificamente à proposta mecanicista, caracterizada pela busca do desempenho máximo, de padrões de comportamento sem considerar as diferenças individuais, sem levar em conta as experiências vividas pelos alunos, com o objetivo de selecionar os mais habilidosos para competições e esporte de alto nível.
Para compreender melhor essa abordagem, baseada principalmente nos trabalhos de Jean Piaget, utilizaremos as próprias palavras da proposta elaborada pela CENP (1990): “No construtivismo, a intenção é construção do conhecimento a partir da interação do sujeito com o mundo, numa relação que extrapola o simples exercício de ensinar e aprender... Conhecer é sempre uma ação que implica em esquemas de assimilação e acomodação num processo de constante reorganização” (CENP; 1990, p. 9).
A principal vantagem dessa abordagem é a de que ela possibilita uma maior integração com uma proposta pedagógica ampla e integrada da Educação Física nos primeiros anos de educação formal.
Em outras palavras a contribuição maior desta abordagem assim como as demais já descritas até agora têm se voltado mais para a Educação Física nos primeiros ciclos do ensino fundamental, ou seja, até os 10 –11 de idade.
Na orientação da CENP (1990), a meta da construção do conhecimento é evidente quando propõe como objetivo da Educação Física “respeitar o seu universo cultural (do aluno), explorar a gama múltipla de possibilidades educativas de sua atividade lúdica espontânea, e gradativamente propor tarefas cada vez