difcil estabelecer precisamente em que momento histrico as ideias pedaggicas construtivistas, vinculadas as pesquisas psicogenticas e a teoria do desenvolvimento cognitivo de Piaget, transformaram-se em uma das principais fontes tericas dos discursos pedaggicos brasileiros. Sem dvida h certos marcos em sua difuso no Brasil, como a publicao na Revista de Educao, em 1936, do artigo O trabalho por equipe em escolas bases psicolgicas, ou ainda a conferencia por ele proferida no Rio de Janeiro, em 1949, a qual atraiu um pblico cujas preocupaes eram majoritariamente ligadas ao campo educacional. Algumas dessas tentativas de operacionalizao de teorias e programas educacionais fundadas no construtivismo de Piaget tem sido objeto de ressalvas ou de observaes crticas, inclusive por parte de tericos afinados com o construtivismo. Essas crticas, em geral, caracterizam-se por denunciar o que seria um pretenso desvirtuamento das ideias originais ou ainda uma m aplicao prtica de seus princpios psicolgicos e pedaggicos, evitando, assim, o questionamento da prpria viabilidade ou adequao do construtivismo educacional como um empreendimento terico. Sendo assim, de acordo com essa perspectiva de anlise, os eventuais problemas ou a inviabilidade de certas propostas educacionais construtivistas decorreriam de distores especificas e restritas a determinadas formas particulares de aplicao, no representando, portanto, uma inadequao estrutural do prprio modelo terico. Em outras palavras, as teorias educacionais construtivistas permanecem inclumes as crticas, as quais se concentram nos alegados equvocos operacionais ou pretensas distores prticas. Por isso, o fenmeno que nos interessa so as pretensas implicaes educacionais que Piaget e outros pesquisadores e comentadores construtivistas, como ferreiro, Kamii ou Kohlberg, alegam existir entre suas investigaes e as prticas e os objetivos escolares. Nesses discursos pedaggicos, o construtivismo tem nutrido a pretenso de oferecer a ao