Construtivismo
Os debates envolvidos ao construtivismo refletem aos agentes/ estrutura, próprio não somente ás relações internacionais, mas a outras ciências sociais. Um exemplo ilustrativo da premissa de co-constituição é que não se pode falar em sociedade sem falar no indivíduos que a compõem, nem se pode falar de indivíduos, no plural, ou seja, mais de um indivíduo, sem falar na sociedade que eles constituem.
Os construtivistas negam a anarquia como uma estrutura que define a disciplina de RI, para eles existe um conjunto de normas e regras que organizam e norteia as Relações Internacionais, a outra premissa é que a anarquia é socialmente construída. Um dos conceitos que mais chama a atenção no construtivismo é o conceito de identidade.
Como o próprio nome indica, o foco do construtivismo está na construção social da política internacional, nas. No caso, as idéias e normas possuem um papel fundamental tanto na constituição da realidade e dos agentes, quanto na definição de identidades e interesses. Em relação a questão da segurança internacional, o construtivismo se aproxima muito da corrente realista, sendo os Estados considerados a única unidade na estrutura política internacional.
Wendt expõe quatro formas de identidade que os Estados podem sustentar simultaneamente: a identidade pessoal, a identidade corporativa (compartilhadas de cunho social), a identidade papel (com relação aos outros) e finalmente a identidade coletiva, que é formada por uma combinação de identidade coorporativa ou pessoal e a identidade de papel ou função. Quando os Estados desenvolvem uma identidade coletiva, esta pode se tornar uma base para os interesses comuns.