construir no nordeste
A obra do autor baseia-se na análise da arquitetura presente no atual Nordeste e a promoção de uma arquitetura única, tropical, independente e original. Sua obra é dividida em dez capítulos no qual ele apresenta críticas e descreve os pontos principais a serem observados e modificados desta arquitetura, desprendendo-a de influências anteriores e principalmente, estrangeiras, inadequáveis à cultura, vegetação e clima tropicais.
Com a finalidade de amenizar a temperatura e o clima, além de obter uma relação harmônica com a paisagem natural, o autor propõe algumas modificações. Segundo ele, os materiais utilizados em telhados são inadequados ao nosso clima, pois são maus isolantes térmicos e não permite uma boa circulação do ar. O recuo das paredes a fim de criar um ambiente sombreado (terraços, varandas e pérgolas) para usufruir deste, desfrutando da sombra, luz natural, paisagem e bons ventos. De acordo com o autor, as paredes vazadas filtram a luz e permitem que a brisa passa, por exemplo os cobongós. Ele propõe um desenvolvimento de padrões, afirmando a relação de cheios e vazios, possiblidade a circulação dos ventos e luminosidade além de criar um caráter expressivo de uma arquitetura tropical.
A utilização de quebra-sóis em fachadas para construir uma área sombreada e evitar o alto grau de insolação. O autor cita a incompatibilidade de fachadas de vidro no Nordeste, pois estas criam um ambiente com calor excessivo. A importância de ter portas sombreadas é um tópico abordado, pois estas estando abertas possibilitam a passagem do ar e da luz e criam um ambiente agradável e convidativo para quem passa. É considerável a continuidade dos espaços e seu interior mais “despojado, na bela tradição da casa do Nordeste, criando ambientes cordiais, que estejam de acordo com o nosso temperamento e com os nossos modos de ver” (p 33), além da frustração da ambientação nordestina não ser