constituição da medicina científica
A Saúde Pública foi constituída, no final do século XVIII, com a medicina moderna e a social, ocorrendo o investimento político da medicina e a dimensão social das enfermidades. Havendo uma atuação maior do Estado, pois as condições de saúde de seus integrantes passaram a ser tratadas como sua maior riqueza. Foi criada uma nova estrutura urbana, baseada na prevenção, através da Saúde Pública.
Com isso, o poder da medicina se fortaleceu, pois, com as epidemias, acarretou uma maior produção e distribuição de medicamentos na esfera social. Além disso, as novas descobertas biológicas permitiram um avanço importante no conhecimento de diversas doenças, fortalecendo ainda mais esse poder. Portanto, a biologia está diretamente ligada a Saúde Pública.
A Saúde Coletiva conta com uma forte participação das Ciências Humanas, pois apenas a biologia não era suficiente para o esclarecimento da problemática da saúde. Devido a isso, se verificou que era necessário ocorrer uma reestruturação na Saúde Pública, já que nem todas as respostas seriam encontradas no campo biológico, devendo rever o projeto médico-naturalista criado na sociedade industrial.
O Estado já não detém a exclusividade na gestão do poder e dos valores envolvendo a saúde, ganhando força o poder instituinte da vida social. Nos últimos séculos, têm se buscado um gerenciamento das relações entre a natureza e a cultura, fazendo surgir novas práticas sanitárias.
Conclui-se, portanto, que o campo da Saúde Coletiva é mais abrangente, pois o mesmo não fica limitado ao campo biológico, sendo marcada pela multidisciplinariedade. Tendo grande influência na reestruturação do campo da Saúde