Constituição 1988

O Novo Brasil

Após 22 anos do início do período ditatorial, um fracasso baseado em mentiras que trouxe ao país uma das maiores crises econômico-social, todas as vítimas que tiveram seus direitos torturados e censurados davam graças a esperada abertura política. Nas ruas, o descontentamento popular se intensificava e após a frustrada reprovação da Emenda Dante de Oliveira, a vontade de falar, participar e ser livre se tornava cada vez mais uma necessidade. Indiretamente, mas com apoio popular intenso, Tancredo Neves se tornava o novo presidente com promessas de abertura política. Com sua morte, tornou-se inevitável a convocação de uma assembleia constituinte. No governo de Sarney, em 1887 é montada a assembleia dirigida por Ulysses Guimarães e mais de 500 constituintes, sem contar a incrível participação popular, que se moveu através de abaixo-assinados de variados grupos sociais, o que a tornou exemplo de democracia. Até então, nenhuma constituição havia favorecido trabalhadores, mulheres, índios, negros e homossexuais como essa favoreceu. Analfabetos ganharam direito de voto, assim como maiores de 16 anos ganharam o voto facultativo, leis sobre o racismo foram promulgadas. Mas enquanto a liberdade voltava, os problemas econômicos criados na ditadura com a crise do Milagre Econômico continuavam. Uma série de planos, como o Plano Cruzado, foram criados para tentar diminuir a inflação e a concentração de renda. Com uma nova estratégia, o Cruzado Novo congela os preços do mercado, aumenta os juros para diminuir a compra e propõe uma tentativa de Gatilho Salarial que acompanhasse a inflação. Tal plano acabou por deixar descontentamento entre os empresários, gerando uma crise de abastecimento, o que levou o Plano Cruzado ao fracasso. No final das contas, população estava novamente descontente com o governo e com sua série de planos. Nesse contexto de problemas econômicos, em 1989, Collor é eleito com promessas de reajuste na economia. Em seu governo, é