Consolidação do projeto ético-político do serviço social na contemporaneidade
Considerando o redimensionamento por que passa a profissão no cenário contemporâneo, a autora indaga a seguinte proposta: “Como reforçar e consolidar o projeto político-profissional nesses tempos adversos? Que perspectivas se apresentam aos assistentes sociais nos âmbitos da formação e do trabalho profissional?”
Os valores e princípios éticos-políticos utilizados como orientação pelos assistentes sociais nas ultimas décadas, sofrem hoje um choque entre idéias com relação a idolatria da moeda, o fetiche do mercado e do consumo, o individualismo possessivo, a lógica contábil e financeira que se impõe às necessidades e direitos humanos sociais. Entretanto, a mistificação das ideias não impede a produção e reprodução das desigualdades
A consolidação do projeto ético-político profissional que vem sendo construído necessita de forças para remar contra a corrente. Esse projeto exige um acompanhamento atento de nossa parte, da movimentação das classes populares, na luta pela ampliação de seus direitos sociais. A autora sublinha que as necessidades sociais são historicamente construídas, revelando que a luta pela efetivação da cidadania é a luta pela ampliação progressiva da esfera pública.
“Reafirma-se, portanto, o desafio de tornar os espaços de trabalho do Assistente Social, espaços de fato públicos, alargando os canais de interferência da população na coisa pública, permitindo um maior controle, por parte da sociedade, nas decisões que lhe dizem respeito. Isso é viabilizado pela socialização de informações; ampliação do conhecimento de direitos e interesses em jogo; acesso às regras que conduzem a negociação dos interesses atribuindo-lhes transferência; abertura e/ou alargamento de canais que permitam o acompanhamento da implementação das decisões por parte de coletividade; ampliação de fóruns de debate e de representação etc.”
Para isso é necessário um profissional