Consolidar a independência
As lutas internas e o reconhecimento internacional
A independência brasileira tomou forma de um “arranjo político” entre as elites. O antigo poder da metrópole foi transferido para o novo governo, chefiado por D. Pedro I, sendo absorvido pelos grupos dominantes da ex-colônia. A participação popular nesse processo foi, portanto, pouco expressiva.
Nas províncias mais distantes do Rio de Janeiro, a notícia da independência demorou uns três meses para chegar. De modo geral, o novo governo de D. Pedro I foi aceito sem resistências. Mas, em algumas regiões do norte e do nordeste, militares e comerciantes portugueses, que controlavam o governo local, decidiram lutar para manter os laços com Portugal.
QUADRADO: Mercenário: Combatente que luta em troca de pagamento, A palavra também é usada para designar uma pessoa interesseira, que só age visando a recompensas.
Sem um exército preparado para combater os revoltosos, D. Pedro I contratou os serviços militares de mercenários, contando com o apoio dos grandes proprietários rurais do centro-sul. Os chefes mercenários contratados foram Lorde Cochrane, John Grenfell, Pierre Labatut, James Norton, John Taylor e Thomas Crosbie.
Durante cerca de um ano houve confrontos entre tropas portuguesas e do governo brasileiro. A luta estendeu-se por Maranhão, Bahia, Pará, Piauí e Província Cisplatina (atual Uruguai). Em todas essas províncias, os revoltosos foram derrotados pelas forças arregimentadas pelo governo brasileiro.
Em meados de 1823, todo o país estava sob o comando do imperador.
RECONHECIMENTO INTERNACIONAL DA INDEPENDÊNCIA
Ao contrário do Brasil – que, após a independência, adotara a monarquia como forma de governo, tendo no comando um imperador nascido em Portugal, às nações latino-americanas adotaram a república. Por isso, resistiram inicialmente a reconhecer a independência brasileira.
Os Estados Unidos foram o primeiro país a reconhecer a independência do Brasil