Considerações sobre o conceito de espécie
O naturalista Carl Linnaeus (1707-1778) ou simplesmente Lineu acreditava que todo ser vivo correspondia a um modelo ideal, e também criou o sistema binário substituindo o então polinomial existente na sua publicação Species Plantarum em 1753.
Entretanto, Dobzhansky (1970) discutindo a descontinuidade dos conjuntos de indivíduos comenta que a classificação biológica é um sistema de compartimentos feito pelo homem e também um reflexo em reconhecer as descontinuidades no mundo vivo.
A classificação é artificial e sempre houve aqueles que discordaram da escolha dos grupos aos que chamamos de espécies.
Uma espécie como uma raça, um gênero ou uma família é um conceito de um grupo.
Então valerá dizer que espécies correspondem a grupos de populações que lembre outra relativamente próxima entre outros grupos menos próximos. Espécies são grupos de populações reprodutivas mais ou menos distintas. Contudo, uma espécie é também algo maior do que isto, pois, representa um sistema supra-individual, cuja perpetuação, de geração em geração, depende dos vínculos reprodutivos entre seus membros.
Os membros de populações reprodutivas diferentes geralmente não têm interesse sexual um no outro ou, quando isso ocorre, os resultados de seus acasalamentos são inviáveis, estéreis ou menos adaptados que os acasalamentos dentro de uma comunidade.
Os padrões de variação que ocorrem nos diferentes grupos de organismos como resultado do processo evolutivo diferem muito de um grupo para outro, daí o termo espécie não deve ser aplicado de uma maneira uniforme. Mesmo assim permite de modo conveniente catalogar e tratar os organismos.
ESPÉCIE deve ser considerada como populações reprodutivas, onde seus membros compartilham um conjunto genético sujeito a mutações responsáveis por sua evolução.
Referências:
Dobzhansky, T. 1973. Genética do processo evolutivo. Polígono/EDUSP.
Raven, P. H.,Evert, R. F. &