Considerações sobre a pontuação no texto escrito
Um dos pontos-chaves sobre a definição de pontuação é a discussão que aponta para as confusões conceituais sobre as funções que os sinais gráficos assumem no texto escrito, isto é, em que consiste a sua essência e que propriedade distingue o seu objeto representativo sintático/semântico do fonológico. Esse debate persiste nos ensinamentos dos mais conhecidos e reconhecidos gramáticos, que por sua vez, transpõem a sua visão para os seus manuais de ensino.
Nessa linha de estudo existem os teóricos que concebem a pontuação sob o objetivo sintático/semântico e os que a enfatiza sob a ótica das duas perspectivas, isto é, a pontuação estaria ligada tanto com a gramática quanto com a representação da fala, ainda há quem a considera como sendo a representação fiel da fala.
Defender a pontuação como algo restritamente ligado a gramática é ao mesmo tempo ficar do lado de uma minoria, pois, poucos são os teóricos que tem esse entendimento, porém, são dignos de respeito os ensinamentos de autores como Luft (1998) que ver a pontuação nos domínios da escrita e, portanto, desvinculada da fala, assim, a pontuação teria como função principal esclarecer significados do texto.
Por outro lado, desenvolver um olhar mais cuidadoso no tocante a prosódia na hora de compor o texto escrito, nada mais é do que recuperar os aspectos rítmicos característicos da oralidade. Para isso, o autor tem a seu favor os símbolos gráficos de pontuação que dentro de um conjunto de regras sintática e associado à sensibilidade do escritor pode desenvolver uma função prosódica. Nessa linha de raciocínio merece destaque os autores Cury (1982), Cunha (1986), estes afirmam que a pontuação está relacionada tanto com a gramática, como com a fonologia.
Vale ressaltar que, compreender a pontuação como recurso prosódico, no entanto, não significa desprezar o seu conjunto de regras gramaticais, nem desconhecer a sua função sintático/semântico como a