Considerações em torno do ato de estudar...
Toda bibliografia deve refletir uma intenção fundamental de quem a elabora: a de atender ou a de despertar o desejo de aprofundar conhecimentos naqueles ou naquelas a quem é proposta. [...]
[...] Uma relação bibliográfica não pode ser uma simples cópia de títulos, feitas ao caso, ou por ouvir dizer [...] Quem a sugere, deve saber o que está sugerido e por que faz.
Estudar é realmente trabalho difícil. Exige de quem o faz uma postura critica sistemática. Exige disciplina intelectual que não se ganha a não ser praticando– a.
O que se lhe pede, afinal não é a compreensão do conteúdo, mas sua memorização. Em lugar de ser o texto e sua compreensão, o desafio passa a ser memorização do mesmo [...] Se o estudante consegue fazê-lo, terá respondido ao desafio.
O que estuda se sente desafiado pelo texto em sua totalidade e seu objetivo é apropriar-se de sua significação profunda.
Esta postura critica fundamental, indispensável ao ato de estudar, requer de quem a ele se dedica.
[...] Procurando apenas memorizar as afirmações do autor. [...] Se deixar ‘’invadir’’pelo que afirma o autor [...] Se transforma numa ‘’vasilha’’que deve ser cheia pelos conteúdos que ele retira do texto, renunciando assim á sua atitude critica em face dele.
A atitude no estudo é a mesmo que deve ser tomada diante do mundo, da realidade, da existência. Uma atitude de adentramento a qual se vê alcançada a razão de ser dos fatos cada vez mais lucidamente.
Um texto estará tão melhor estudando quando, na medida em que dele se tenha uma visão global,a ele se volta,delimitando suas dimensões parciais. O retorno ao livro para esta delimitação aclara a significação de sua globalidade.
Assim é que, diante de um livro, este sujeito leitor pode ser despertado por um trecho que lhe provoca uma série de reflexões em