Conservação Urbana Integrada
Conservação Urbana nasceu de desorientação e desânimo: a perda irreversível de monumentos preciosos levou Victor Hugo (1802-1885), em sua obra Guerre aux démolisseurs, argumentar apaixonadamente contra a destruição de monumentos medievais da França; ele lamentou a transformação da cidade medieval tradicional, em algo surpreendentemente diferente: as avenidas amplas construídas alguns anos depois, em Paris, que foram, então, moldadas com regularidade por construções pseudo-barrocas. A posição de Victor Hugo foi ecoada na Inglaterra, onde John Ruskin (1819-1900) falou sobre as mudanças significativas que ocorrem em cidades de toda a Europa. Este, danos irreparáveis foram lamentados por muitos que testemunharam transformações urbanas sem precedentes em meados do século XIX, não apenas em Paris, mas também em Londres, Viena e Roma.
Estas perdas levaram a uma reconsideração da cidade do passado: Camillo Sitte (1843-1903), um arquiteto austríaco e planejador, pioneiro em estudos de reavaliação do património urbano antigo e medieval. Seus argumentos se baseavam na falta de beleza da nova cidade industrial Para Sitte, estrutura urbana tradicional não é apenas a soma de monumentos individuais, mas, em vez disso, um conjunto coerente onde cada elemento é parte de um padrão orgânico, com regras estéticas que podem ser observadas e analisadas. Ele defendeu um ambiente urbano em que a arquitetura desempenha um papel fundamental na determinação da forma e estrutura dos espaços, e destacou a complementaridade entre o prático e o estético encontrado na cidade histórica. Sitte foi o primeiro a identificar a divisão na cidade contemporânea entre a função, tecnologia e estética.
Avaliação analítica da cidade também foi o ponto de partida para o planejador escocês Patrick Geddes (1854-1932), onde explora em sua obra o efeito sobre o bem-estar de seus habitantes. A cidade medieval é percebida como um ambiente positivo com uma integração equilibrada da