conservadorismo
O conservadorismo é uma corrente de pensamento político surgida na Inglaterra, no final do século XVIII, pelo político Whig Edmund Burke, como uma reação à Revolução Francesa, cujas utopias resultaram imediatamente em instabilidade política e crise social na França. O pensamento conservador expandiu-se pelo mundo principalmente após o período do Terror jacobino, que, durante o auge da Revolução, causou a morte de 35 mil a 40 mil pessoas.1
O termo "conservador" denota a adesão a princípios e valores atemporais, que devem ser conservados a despeito de toda mudança histórica, quando mais não seja porque somente neles e por eles a História adquire uma forma inteligível. Por exemplo, a noção de uma ordem divina do cosmos ou a de uma natureza humana universal e permanente2 .
Para os conservadores, as melhores instituições sociais e politicas não são aquelas que são inventadas pela razão humana (como defende o chamado racionalismo político), mas sim as que resultam de um lento processo de crescimento e evolução ao longo do tempo (como a não-escrita constituição inglesa face às Constituições promulgadas pelos revolucionários franceses).
Não acreditando na "bondade natural do Homem",3 os conservadores consideram que são os constrangimentos introduzidos pelos hábitos e tradições que permitem o funcionamento das sociedades,4 5 pelo que qualquer regime duradouro e estável só poderá funcionar se assente nas tradições.
Assim, para os conservadores não faz sentidos elaborar projectos universais de sociedade ideal - não só tal sociedade será inatingível (devido ao que acreditem ser a imperfeição