Conservacao
PENSAR CONTRA-SENSOS EM EDUCAÇÃO
Daniele Noal Gai – UFRGS
Felipe Leão Mianes - UFRGS
Resumo: Este texto apresenta a experimentação fotográfica e a deficiência visual como dispositivos para pensar contra-sensos em educação. Em tempos de inclusão pensa-se nos espaços possíveis de encontro e experimentações por parte daqueles sujeitos considerados, até pouco tempo atrás, excluídos e incapazes de participarem da vida social, cultural e artística. Sabe-se que os sujeitos com deficiência visual estão no fluxo, no ermo, perambulando, experienciando, na rua, na escola, na universidade, na sociedade, na história... Com isso, propôs-se: uma aproximação em pequeno grupo e um trabalho sistemático com um grupo de pessoas com deficiência visual e outros interessados na temática, que tivessem em comum: disposição e disponibilidade para pensar visualidades, para fazer a exploração e tentar a materialização de conceitos através da fotografia, para produzir artefatos visuais e para experimentar a cultura visual. Buscou-se os sentidos possíveis entre a visão, a cegueira e a [in]visibilidade.
Palavras-chave: Fotografia; deficiência visual; educação; arte
EXPERIMENTAÇÕES FOTOGRÁFICAS
“todo mundo deseja olhar para além do visível”
(BAVCAR, 2003, p. 125)
Este texto traz a experimentação fotográfica e a deficiência visual como dispositivos para pensar contra-sensos em educação. Esta experimentação se deu através de encontros sistemáticos em um Curso de extensão voltado para o público com deficiência visual e interessados na temática. Objetivou-se experimentar as maneiras culturais de olhar e seus efeitos sobre cada um de nós em tempos de inclusão [virtual, digital, escolar, visual, social...].
Potencializou-se espaços de experimentação fotográfica de maneira a explorar as maneiras culturais de olhar e seus efeitos sobre cada um em tempos de tentativa de inclusão. O propósito era aproximar e trabalhar