Consequências Fisiológicas (Humanas) das grandes amplitudes
A grande mudança de temperatura, uma das características do aquecimento global, preocupa especialistas da medicina por trazer uma série de complicações à saúde.
Segundo os médicos de diversas especialidades, as infecções respiratórias são facilitadas nessas condições e todo o sistema cardiovascular é comprometido, ampliando o risco de infartos e acidente vascular cerebral (AVC) .
Quando os termômetros apresentam variação tão repentina na temperatura, uma das primeiras sequelas no organismo se dá no nariz, explica o presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Roberto Sturbulov.
“Os cílios nasais – pequenos fios responsáveis por fazer o filtro das substâncias tóxicas que entram nos corpo – ficam com dificuldade de movimentação”, explica o médico.
A imobilidade na parte corpórea que realiza a “faxina” de vírus e bactérias antes da passagem dos mesmos por garganta, faringe, laringe e pulmões, acarreta o acúmulo de germes nessas regiões, transformando-se em uma esponja de doenças respiratórias de todo tipo, como gripes, pneumonias, sinusites, asma e alergia.
Em grupos da população mais vulneráveis a estas contaminações – idosos e crianças menores de 5 anos têm o sistema imunológico mais deficiente – esta maior probabilidade de adoecimento respiratório traz também mais problemas cardíacos.
Para tentar vencer a contaminação, o corpo reage produzindo substâncias de defesa, que são inflamatórias e prejudicam o movimento do coração . O resultado é uma chance maior de infarto, paradas cardíacas e AVC, principalmente para quem já convive com os conhecidos vilões da saúde: diabetes, hipertensão, obesidade e colesterol alto.
Além disso, a ação das bactérias e vírus afeta toda a circulação sanguínea, deixando o sangue mais espesso o que acelera complicações cardiovasculares.
Os técnicos do Laboratório de Poluição da Universidade de São Paulo (USP) estudaram os efeitos da amplitude