Consciência de Si e do Outro, Consciência Crítica, Consciência Intuitiva e Racional
Podemos relacionar a consciência de si aos processos de falar, criar, afirmar, propor e inovar, manifestações da dimensão da interioridade que só se alcança por intermédio da reflexão. Já a consciência do outro está relacionada aos processos de escutar, absorver, reformular, rever e renovar, manifestos da dimensão da alteridade, alcançados por meio da atenção. A consciência de si e do outro são complementares, pois tendo consciência de si, absorvemos a do outro. Sem o outro a própria existência não tem sentido.
A plena harmonia entre as duas dimensões da consciência, desperta em nós a consciência crítica. Ter consciência crítica é ser capaz de conhecer a si mesmo, criticar os seus próprios atos e reconhecer os elementos que nos influenciam.
Podemos ainda dividir nossos conhecimentos e atos em dois grupos distintos: a intuição e a razão.
A intuição, ou consciência intuitiva, é uma das primeiras formas de aprendizado humano, ela se dá pela experiência: se uma tentativa falhar usando determinados meios, ela continuará dando errado se os meios forem repetidos. É uma forma de pensamento mais simples, pois não é construída por meio de argumentos ou raciocínio discursivo, mas sim por meio de experiências anteriores. Quando uma criança come certo alimento e não gosta, ela adquire a intuição de que se comer tal alimento novamente, o gosto continuará desagradando a seu paladar.
Em contrapartida, a consciência racional foi empregada para substituir a consciência mítica na Grécia antiga e caracteriza-se pelo uso da razão na obtenção de conhecimento. Está presente na ciência e na