Consciência Critica
RESUMO: Este artigo busca elucidar os conceitos de consciência e consciência crítica em suas origens filosóficas, psicológicas e sociais, através de análise teórica.
Palavras-chave: consciência, consciência critica.
Um dos problemas nas Ciências Sociais está em usar palavras com significado específico que são utilizadas cotidianamente na sociedade com vários sentidos e tomadas como sinônimos de conceitos distintamente diferentes nessa área. Não há consenso inclusive nas chamadas ciências humanas, tais como a Psicologia, a Filosofia e a Sociologia.
Sendo assim, pretende-se definir o que é consciência crítica com o propósito de estabelecer parâmetros e diferenciar esse conceito da forma como é utilizado cotidianamente e em algumas diferentes abordagens teóricas, explicitando suas especificidades que estão subentendidas nas várias maneiras com que é utilizado. Bem como tentar entender por quais meios os seres humanos a desenvolvem.
As principais correntes teórico-filosóficas que desenvolveram definições acerca do conceito consciência seguem dois caminhos: o proposto por R. Descartes e o produzido a partir de F.C. Brentano. Em Descartes a consciência se define como conhecimento reflexivo. Assim, ser consciente é apreender-se a si próprio de modo imediato e privilegiado. Isto leva a uma coo extensão entre consciência e psiquismo. O caminho de Brentano retoma o conceito de intencionalidade da tradição escolástica, e que se torna conceito central na fenomenologia de T. Husserl. Segundo este caminho a consciência é definida pela intencionalidade, pela referência ou relação a um objeto que caracterizaria como mental, imanente ou intencional, excluindo-se a obrigatoriedade da existência real ou efetiva. O critério de intencionalidade fundamenta uma classificação dos fenômenos psíquicos, sem apelar para critérios extrínsecos. Assim, teriam tantos fenômenos mentais quantos modos de a consciência se referir aos objetos imanentes. A esses modos