consciência autocurativa
Como utilizar os mecanismos psicocerebrais para alcançar a cura
Maria Henriqueta Camarotti1
Vivendo em um mundo de novas tecnologias, computadores, internet, chips, engenharia genética, transplantes de órgãos, comunicação virtual, poluição e condicionamentos de toda natureza, somos oprimidos de tal forma, que não sobra tempo, nem oportunidade, para sermos nós mesmos e, muito menos, para desenvolvermos o que há de mais sublime e sutil no nosso ser. Nessa perspectiva “androidizada”, como encontrar os caminhos para o autoconhecimento e o auto-aperfeiçoamento? Como entrar em sintonia com o nosso Eu interior para superação de nossas enfermidades e realização da autocura?
A humanidade está doente. Por mais avanços que tenhamos adquirido nos cuidados com a saúde, e apesar de todas as informações acumuladas sobre o binômio saúde-doença, ainda estamos engatinhando no objetivo de um mundo sem doenças e integralmente saudável. Além das ciências, as filosofias e as religiões têm abordado extensivamente essa busca; são muitos os textos, reflexões e práticas relacionadas, mas, de fato, a humanidade está adoecida e sem perspectiva de viver plenamente a paz e o bem estar que procura e, com certeza, merece.
A doença é parte da vida, do envelhecimento e da complexidade humana. A ideia de Nietzsche2 sobre a grande saúde aborda o desejo de vida, a capacidade de dizer sim à existência, de enfrentar combates físicos e existenciais que fazem parte da dinâmica humana. Seguindo essa ideia, podemos considerar a saúde não só como a ausência de doença, mas também como um modo de viver a vida com coragem e força de vontade, de desejar e de partilhar, apesar das limitações e dificuldades geradas pelo adoecimento. Podemos viver nossas doenças com saúde, porque dar o primeiro passo para superá-las, se reverte em dinâmica saudável que re-bobinará o ser de volta ao processo original de equilíbrio e harmonia com a natureza. Conhecemos pessoas que apesar de suas