CONJURA O MINEIRA
Na primeira metade do séc. XVIII, a mineração tornou Minas Gerais uma das capitanias mais ricas da colônia. Na segunda metade do mesmo século, a atividade mineradora entrou em decadência, e, com ela, a própria capitania. Os impostos cobrados pela Coroa portuguesa continuavam os mesmos, provocando um endividamento crescente, até mesmo dos homens mais ricos de Minas Gerais. Esta situação criou um espírito de revolta entre os mineiros. Além disso, estudantes voltavam da Europa com ideias revolucionárias e as divulgavam na capitania.
Nesse clima, religiosos, poetas, militares, ricos fazendeiros e comerciantes começaram a conspirar. A conspiração, porém, não chegou a ser uma revolta, pois não foi além de reuniões e planos secretos. Para isso, muito contribuiu a traição de Joaquim Silvério dos Reis, Basílio de Brito Malheiros e Inácio Correia Pamplona.
Entre os conjurados destacou-se a figura do alferes Joaquim José da Silva Xavier, chamado de Tiradentes. Era homem muito ativo e foi, na verdade, o principal organizador da Conjuração. Foi também o único a morrer na forca, no dia 21 de abril de 1792.
A Decadência da Mineração. A exploração de ouro e pedras preciosas em Minas Gerais, na primeira metade do séc. XVIII, tinha tornado a capitania o centro econômico do Brasil. Grandes fortunas surgiram, e uma rica civilização floresceu nas chamadas cidades históricas mineiras: Ouro Preto, São João del Rei, Mariana, Serro, Sabará. Mas grande parte das rendas da mineração era transferida para Portugal, que exercia um rígido controle sobre a área, com pesados impostos e medidas severas contra o contrabando de ouro.
Em 1789, as minas de ouro já