Conjura O Baiana
História do Brasil I
Lauren Johanna
No final do século XVIII devido à grande insatisfação com as restrições mercantis, impostos altos, limites às aspirações profissionais dos brasileiros brancos, desigualdade social entre as camadas da população, e posteriormente com o regime escravocrata, ocorreu na Bahia a primeira revolução social brasileira, a chamada Conjuração Baiana, ou Revolta dos Alfaiates(1796 a 1798), que tinha por ideais os princípios da Revolução Francesa (1789). A também chamada Inconfidência Baiana, pode ser dividida em duas fases. Na primeira delas (1796), o movimento iniciou-se por parte da elite baiana (intelectuais, donos de engenhos, brancos e ricos) cujo objetivo era a proclamação da República Baianense, pois desse modo romperiam as ligações com a Europa e assim extinguiriam as restrições mercantis. Tais inconfidentes buscavam apoio militar francês, mas ainda sem resposta diante das primeiras repressões, retraíram-se. A segunda fase pode ser considerada como uma retomada da primeira, mas com a participação das camadas mais populares (escravos, artesãos, militares, negros e pobres). Além do objetivo anterior, buscavam também a abolição da escravidão, para desse modo instaurar um governo de igualdade, sem distinção de cores. Acredita-se que os inconfidentes agiam com apoio ou a mando de baianos ricos e influentes. A sociedade baiana era dominada pelas irmandades religiosas das ordens terceiras e outras instituições católicas. Por essa razão, é provável que muitas das discussões sobre a Conjuração tenham ocorrido nessas sociedades. No final do século XVIII, embora proibida, a maçonaria também ganhava espaço na Bahia. José Borges de Barros, intelectual e comerciante baiano foi acusado de ser um grão mestre, na Ilha de Madeira. Ao retornar de Portugal, Borges de Barros traz consigo ideias republicanas e as divulga. Assim como ele, o cirurgião e jornalista Cipriano Barata, depois de