Conjuntura Internacional
Com a Revolução Industrial, ainda no século XIX, tornou-se possível produzir em maior quantidade e menor tempo, moldando um novo tipo de consumo que agora precisava absorver uma demanda muito maior de produtos. O liberalismo econômico, a acumulação de capital, as inovações e a instauração do capitalismo acentuaram o perfil consumista da nova população. Neste contexto o lucro já era visto como aliado e as novas possibilidades de escolha traziam a falsa ideia da tão almejada liberdade.
O American Way of Life, que moldava o tipo de comportamento julgado como ideal para os consumidores, com a interferência da mídia passou a ser mundial. Como a sociedade americana era espelho do mundo, com sua forte economia, os outros países passaram a também entender e se inspirar neste ‘way of life’, criando produtos que tornam-se obsoletos em ritmo acelerado e transformando desejos em necessidades para o consumidor.
A ascensão da classe C, com maior poder de consumo, é também um dos fatores determinantes do cenário atual. Isto porque estas pessoas, que antes não tinham condições nem interesse de se inserir na luta pelos padrões de vida ideais, hoje se encontram com maiores limites de crédito e com uma economia brasileira girando favoravelmente e levando renda à essa parte da população, que é predominante no país.
De certa forma, a publicidade também atuou diretamente como um dos principais fatores no aumento do consumismo, bombardeando as pessoas com diversos comerciais de televisão, outdoors, folders, estratégias de marketing de guerrilha, principalmente nos dias de hoje. Isso ocorreu devido a busca pela fidelidade dos consumidores às marcas, por tentar fazê-los se sentirem melhores consumindo as marcas, que conseqüentemente estimulou também a criação de novos produtos e criou um ciclo sem fim de consumo.
Um outro aspecto que contribuiu para esse consumismo