Conjuntura Internacional Equador
O governo de Rafael Correa (Patria Altiva i Soberana y Partido Socialista - Frente Amplio) teve início em 15 de janeiro de 2007 após as eleições em que venceu Álvaro Noboa (Partido Renovador Institucional de Acción Nacional), com 56,57% dos votos válidos, e autodenominou-se como "Revolução Cidadã" devido as amplas reformas políticas, econômicas e sociais que promoveu desde então. Como exemplo dessa revolução, pode-se citar a diminuição da pobreza, que na década de 1990 chegou a 60% e na atualidade atinge aos 22% da população. Além disso, durante o seu governo, Correa conseguiu diminuir a desigualdade social no Equador - baixando o coeficiente de gini de 0,55 para 0,48. Ademais, esta mesma administração conseguiu criar uma breve estabilidade política à nação que no final da década de '90 e início dos anos 2000 sofreu a expulsão de três governos conservadores-neoliberais - Abdallah Bucaram, Jamil Murad e o do coronel Hector Gutiérrez.
Dentre as medidas do programa “Revolução Cidadã” está o estímulo à produção de petróleo que tem objetivo de incrementar o crescimento econômico do Equador. É válida lembrança de Jaime Roldós Aguilera, presidente do Equador que também iniciou medidas nacionalizantes do petróleo e subitamente morreu em um acidente aéreo em 1981. Além dele, no mesmo ano, o presidente do Panamá, Omar Torrijos, também sofreu um acidente aéreo quando começou a defender temas de envergadura nacional semelhantes as tomadas no Equador. Ambos casos são mais que suspeitos, revelando a fragilidade da segurança institucional quando mandatários latino-americanos atingem interesses estratégicos da Super Potência.
O modelo de desenvolvimento da capacidade de extração de petróleo não é consenso na sociedade equatoriana. Tanto a oposição por direita como uma base social - aliada de Correa se contrapõem a este. A expansão de produção tem se dado em territórios indígenas, gerando reações contrarias dos