Conhecimentos tradicionais sobre os camarões e sua pesca em um grupo de estudantes do povoado de porto alegre/maracás/ba
Autores: Luilla Brito Pedreira, Daniele Duarte Kulka, Lilian Boccardo, Marcos Lopes de Souza
Email: luillabritop@gmail.com
Instituições participantes: Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.
Texto: Esta pesquisa focalizou-se para o estudo das percepções, classificações e da importância cultural dos crustáceos pelas comunidades tradicionais, denominado de etnocarcinologia. As comunidades pesqueiras apresentam saberes particulares relacionados ao ambiente em que vivem e trabalham. No desenvolvimento desta atividade, os pescadores adquirem conhecimentos sobre o meio ambiente, o manejo dos instrumentos de pesca, identificação dos pesqueiros (melhores pontos de pesca), os tipos de ambientes propícios à vida, o hábito, o comportamento e classificação dos diferentes pescados. No povoado de Porto Alegre, município de Maracás/BA, localizado às margens do Reservatório da Barragem da Pedra, grande parte dos moradores é pescador artesanal ou tem algum tipo de relação direta ou indireta com a pesca artesanal de peixes e do camarão (Macrobrachium amazonicum). Muitas das crianças e adolescentes do povoado apresentam relação direta e indireta com a pesca do camarão. Com base nisto, esta investigação objetivou verificar e discutir os saberes tradicionais de um grupo de discentes de uma escola do Povoado de Porto Alegre sobre os camarões e sua pesca. O estudo foi desenvolvido com 22 educandos da 6ª série do ensino fundamental da referida escola (única no povoado) no período de agosto de 2008 a julho de 2009. Utilizou-se de entrevistas semi-estruturadas como técnica de coleta de dados (baseadas em um roteiro de questões previamente elaboradas) com apresentação do animal fixado. Os resultados indicaram que todos os estudantes reconheceram o exemplar fixado de Macrobrachium amazonicum como sendo “camarão”. Os estudantes incluem os camarões no