Conhecimento, saber e ciência - filme: a ilha
FILME: “A Ilha”
“A Ilha”, do diretor Michael Bay, a princípio um filme de ação sem grandes pretensões no que refere-se à reflexão, nos leva a pensar e repensar os objetivos e pretensões da ciência ao abordar um dos tópicos mais polêmicos relativos a pesquisa atual, a clonagem. Como em outros filmes que utilizam laboratórios como um de seus cenários principais, este filme nos coloca diante de empresários e cientistas inescrupulosos, até mesmo caricatos, mas nos alerta para a necessidade de estarmos de olhos abertos e atentos para os eventuais desmandos e descaminhos da ciência.
Segundo o filme, um corpo em estado vegetativo perde sua utilidade para fins de transplantes: “Descobrimos, após anos de testes e erros, que sem consciência, sem experiência humana, sem emoção, sem vida... os órgãos param de funcionar”. Sendo assim, pode-se dizer que o corpo depende da consciência até mesmo para sobreviver. Isto posto, cabe afirmar que sem a curiosidade não há desenvolvimento científico e sem princípios morais e éticos, sem prudência e cautela, há interferência prejudicial no cotidiano, deixando de ser uma evolução saudável com relevância científica.
Creio que sem a curiosidade, o personagem Lincoln Echo Seis (Ewan McGregor) não teria “investigado”, nem descoberto o mistério que envolve a ilha – considerando, é claro, que o acaso esteve presente – tão pouco buscaria soluções para salvar a si e sua amada do trágico destino que os cientistas estavam impondo à sociedade.
“De médico, poeta e louco, todo mundo tem um pouco.”
Provérbio