Conhecimento murado
O texto de Cristovão Buarque fala sobre o conhecimento murado na idade média, moderna e contemporânea em relação à universidade e seus fechamentos em relação ao mundo. Durante a leitura deste é perceptível que existe uma ligação muito grande entre as universidades de séculos passados com as universidades atuais, pois elas acabam se fechando em termos de conhecimentos.
Buarque afirma que o conhecimento murado é aquele que se fecha e não aceita uma ideologia diferente a dele. Por isso, ao falar das universidades da idade média, ele as compara com mosteiros. O motivo disse, é pelo fato que na época a igreja católica detinha todo o conhecimento e só quem teria acesso a ele, seria o clero e a nobreza. E assim, as universidades não aceitavam pessoas externas que fizessem algum tipo de invenção ou pesquisa, pois não possuíam nobreza intelectual. Esse fechamento intelectual veio seguindo durante os séculos.
Chegando ao século XX, as universidades ainda possuíam essa questão de deter o conhecimento, mas ao perceber que ela não era a única que era capaz de produzir conhecimento, começou a abrir as portas e recursos para pólos externos para poderem se juntar a ela. Ao fazer isso, houve uma redução no ‘muramento intelectual’ e um aumento na população universitária.
Entretanto, ao século XXI, estritamente no Brasil, a universidade já é estabilizada como uma detentora do conhecimento, porém não a única. Os pólos tecnológicos sobressaem aos pólos clássicos, pois neste século há uma valorização maior quando se trata em tecnologia. Ao perder estudantes para outros setores de conhecimento, abriram-se programas de inclusão social para que todos pudessem usufruir dos conhecimentos que ela detém e que produz. Mas essa questão sobre a inclusão social em meio acadêmico é uma polêmica, porque acredita-se que quando a pessoa não possui uma bagagem intelectual ela trás um prejuízo a universidade. Mas estudos apontam que mesmo não possuindo uma bagagem intelectual,